Resenhas de filmes

Crítica: trilha sonora (JAPAN CUTS 2024)

O luto recorrente pode se infiltrar em uma pessoa, às vezes sem ser diagnosticado. Afinal, pode-se dizer que é um amor indescritível que não tem lugar, então só aparece quando é sentido. Escritor-diretor Kyoshi Sugitanovo filme, “Rastreamento de Som”(Japonês: A outra pessoa), leva menos. Ele examina o barulho de tristeza, gritando alto quando nenhuma palavra real é dita.

Desde a cena de abertura de seu personagem espionando até a gravação de seu toca-fitas portátil, até a cena final das duas mulheres finalmente aceitando sua dor; “Following the Sound” usa o silêncio e a beleza do cotidiano para explorar a necessidade de se levantar e seguir em frente apesar da dor e da tristeza – não ausente deles.

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Uma cena de “Seguindo o Som”. (Foto: JAPÃO CORTES 2024)

Conforto na paz da vida cotidiana

“Following the Sound”, que acaba de estrear na América do Norte no JAPAN CUTS deste ano, nos apresenta Haru (Ogawa), uma mulher de 21 anos que trabalha como balconista em uma livraria e gosta de boa comida e longas e tranquilas caminhadas.

Depois de vê-la ouvindo com raiva uma música gravada em um toca-fitas, Haru se aproxima de uma senhora idosa sentada em um banco e pede informações sobre como chegar a um restaurante próximo. Ao encontrar o restaurante fechado, uma mulher, Yukiko (Yuko Nakamura), convida Haru para almoçar na casa de quem começou a brincar. Isso estabelece uma amizade entre as duas, que se alternam entre mãe e filha, e velhas amigas de gerações diferentes.

O filme segue Haru perseguindo um velho até a casa de seu pai; coisa humana, Tsuyoshi (Hidekazu Mashima), finalmente confronta Haru. A revelação que eles já conheceram destaca o tema que Sugita almeja com este filme. Quer as suas ligações tenham sido resultado do destino, de uma acção deliberada ou de mera coincidência, todos eles experimentam a mesma paz nas suas vidas quotidianas.

O luto compartilhado vai além da frente

Esse silêncio, é claro, serve de fachada para o que esses personagens estão realmente vivenciando. Focando em três personagens principais, o filme é sobre sua dor e tristeza. O que Haru ouve com frequência não é música; um disco deixado por sua falecida mãe, e Haru sai em busca da origem dos sons da fita.

Então é fácil imaginar que o título do filme se refira a isso. No entanto, Sugita analisa mais profundamente. Haru conheceu Yukiko por acaso para pedir informações, visto que caminhar passou a fazer parte de sua rotina diária? O que ele pensava depois de seguir Tsuyoshi tantas vezes?

Você vê algo além do sorriso de uma pessoa – um uma expressãotalvez – isso ressoa com ele e o obriga a ajudar?

Sem estragar a trama principal do filme, à medida que a amizade de Haru e Yukiko cresce, esta convence Haru a visitar o local para confirmar a origem do barulho que a menina continua fazendo. Ao longo do caminho, ambos se sentem gratos por ajudar por outros com a presença deles.

Uma cena de "Rastreamento de Som"
Uma cena de “Seguindo o Som”. (Foto: JAPÃO CORTES 2024)

‘Seguindo o som’: uma lição de nuances – tanto na arte quanto na vida

Sugita também inclui aulas de arte que Haru frequenta, como aulas de cinema e pintura. Essas cenas enfatizam a prevalência do minimalismo não só no cinema, mas também na vida.

Desde o trabalho cinematográfico para capturar um momento de suas vidas em que algo que lhes foi dito deixou um impacto, até a maneira como um ator desenhou seu modelo; “Following the Sound” enfatiza a essência do especulação. Na verdade, o filme está repleto de diálogos e cenas abertas. E quanto mais abertos são, mais óbvios parecem, mais soam.

Isso não quer dizer que o filme seja incrível, o que provavelmente foi. O maior problema aqui, creio eu, é o quanto o diretor confia no cenário para mostrar o cenário simples e cotidiano. Às vezes é necessária uma mãozinha pesada para dar um empurrão no filme. Mas de alguma forma, Sugita deixa tudo para o público reformular a história de Haru com sua falecida mãe, a dor de Yukiko e o relacionamento complicado de Tsuyoshi com sua própria filha.

No final, porém, reservarei meus elogios ao elenco, especialmente a An Ogawa como Haru. Há algo na maneira como ele fala e em seus olhos que atrai você. Sem palavras – caramba, sem nem lágrimas – é fácil para o público chorar em seu lugar. Seus shows também Yukiko Iiokafotografia (outro filme em que trabalhou”,Lembrando todas as noites”, que também revelou a evanescência da vida cotidiana), é suficiente para dar um toque especial a este filme.

Quando as tendências musicais acabam, porém, é um desafio para Kyoshi Sugita fazer com que você se importe tudo de seus personagens.

Paul Emmanuel Enicola no Twitter
Paulo Emmanuel Enicola

Um geek que se autodenomina que não consegue parar de falar – e escrever – sobre filmes. Paul também brilha como ghostwriter e editor de várias memórias. Ele atualmente mora nas Filipinas.




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